O documentário expõe o esquema de fraude milionário de Simon Leviev, que se passava por bilionário para atrair e tirar dinheiro de mulheres com quem mantinha um relacionamento amoroso.
Embora tenha sido exposto e sentenciado por outros crimes, Simon, que hoje vive em liberdade, nunca foi acusado de fraude contra elas, como diz o documentário nos momentos finais.
Uma série de motivos pode ter contribuído para ele não ser preso, especialmente a dificuldade de se provar que houve coerção, ou seja, que as mulheres foram “obrigadas” a entregar o dinheiro a Simon.
“Tinham um relacionamento amoroso [...] e se sentiram seguras para fazer isso [dar dinheiro] voluntariamente [...]. É imoral e cínico, mas [...] não deixa de ser verdade”, disse Ana Gonzaga, advogada.
Em 2019, Simon, cujo verdadeiro nome é Shimon Hayut, foi detido pela polícia na Grécia usando um passaporte falso, o que fez com que ele fosse mandado de volta para Israel, país onde nasceu.
Na época, negou todas as acusações de suas vítimas: “tenho o direito de usar o nome que quero. Nunca me apresentei como o filho de alguém, mas as pessoas usam a imaginação delas.”
Simon aplicava golpes em diferentes países, o que também dificulta a execução de um processo, já que as leis variam entre os lugares e nem sempre as vítimas sabiam exatamente onde ele estava.
Após ser extraditado, foi preso por fraudes que cometeu em 2011. Foi sentenciado a 15 meses na prisão, mas liberado 5 meses depois, por bom comportamento, e hoje estaria vivendo livre em Israel.